Não tem maka

Não tem maka

 

Todos os dias temos problemas. Aparecem, multiplicam-se à medida que o dia vai envelhecendo, ou acordam-nos como um despertador estridente que queremos desligar. Reproduzimos a equação vezes sem conta na nossa cabeça, estrebuchamos, complicamos, implicamos… É o dia, é a hora, é o tempo, é a resposta, é a falta dela, é o espaço, é a palavra, é a crise, ai…


Senhora, não tem maka.
Como?
Calma. Não tem maka. Estamos juntos!


Em Angola, maka (sinónimo de “problema”) tem outro sentido, um pouco distante de todos aqueles. Os tempos fazem-se de outros ritmos, os despertadores cantam mais cedo e os dias não envelhecem. Mantêm-se o calor, a música e os sorrisos. É que, por ali, os problemas são outros. Todos aqueles que restam depois de décadas de conflito ou após uma noite tempestuosa de chuvas intensas. Problemas que são sérios, mas nem por isso castradores de uma vontade imensa de refazer, de recuperar, de reconstruir.
Mãos à obra! São muitas, já marcadas pela edificação de um país novo e em amplo crescimento, mas outras que vierem parecem ser bem-vindas, e o contributo das organizações é recebido pela porta dianteira. A Cidadania Empresarial e a Responsabilidade Social Empresarial ganham aqui todo o sentido. As vertentes económica, ambiental e social anseiam pela atenção das empresas, que começam a despertar para a importância de contribuir para o desenvolvimento do país e para a melhoria das condições de vida da comunidade. A Unitel, operadora de telecomunicações móveis líder em Angola, já arregaçou as mangas e juntou às várias iniciativas de solidariedade social, que tem vindo a promover, acções de carácter ambiental que envolvem a participação dos próprios colaboradores. Na foto, tirada no mês passado, um desses colaboradores ajuda Helena, habitante da cidade do Namibe, a plantar uma árvore naquele município.

Sem maka, só a ajudar a resolver os problemas.


Ana Martins

publicado por Lugares Mesmo Comuns às 16:51