Como um embondeiro

Viajar pelos caminhos de um país tão grande parece, à partida, ser uma aventura sem fim. Tais são as distâncias e tantos são os quilómetros que logo se desenham na nossa mente, ao olharmos para o mapa de Angola, que depressa nos sentimos ora afugentados, ora completamente seduzidos.


Se avançamos, em breve começam a surgir, no campo de visão, umas extraordinárias peças da Natureza. Árvores enormes. Um tronco tão grosso que pode ser abraçado por uma família – daquelas numerosas! Deriva em ramos e folhas estranhíssimos, mas que rematam um conjunto harmonioso. A árvore de que falamos chama-se embondeiro. Forte, coesa, enraizada, tal como queremos que sejam tantos elementos que fazem parte da nossa vida. Assim como é um embondeiro, esperamos que seja uma organização em que confiamos, por exemplo. Uma Identidade bem definida, um conjunto de valores forte, uma base sólida e um crescimento que se adapta às dinâmicas da envolvente. A par das outras “folhagens” do dia-a-dia, será importante pensar sobre a Identidade das organizações e a capacidade que têm para reflectir os seus princípios e valores em tudo o que fazem.
 

Todos os que passam por aquelas estradas sabem que podem vir ventos, secas ou tempestades, que dificilmente o embondeiro é derrubado.
 

 
Ana Martins


 

publicado por Lugares Mesmo Comuns às 10:28