Povo – alvo em movimento

 

 

“Palavra revolucionária, radical, conservadora e reaccionária, segundo o seu uso e apropriação foi bendita e maldita, sacralizada e profanada, desejada e temida, afirmada e negada, defendida e traída. Palavra que gera amores e ódios, juras e perjúrios, guerras e concórdias, discórdias e alianças, heroísmos e martírios. (…) Das palavras humanas, esta é uma das mais sonhadas, das mais caladas, das mais gritadas.”

E porque é sexta-feira, aqui fica uma sugestão de fim-de-semana: a exposição POVO, patente no Museu da Electricidade. Retrospectiva histórica, tratado político e sociológico, ou antologia artística são algumas das leituras possíveis. Eu gostei de a ver como ensaio sobre a Comunicação. Sobre como o conceito de ‘povo’ tem sido apropriado e mediatizado.

Faz sentido perguntar como uma palavra com um poder mobilizador tão grande está hoje tão fora de moda. Será que ainda a vamos ver ressurgir e suplantar o politicamente correcto ‘sociedade civil’?   

 


Joana Machado

 

publicado por Lugares Mesmo Comuns às 14:49